top of page

Taió
A SOLUÇÃO FOI MUDAR DE ENDEREÇO E RECOMEÇAR
Depois que a sede da sua oficina foi atingida por seis enchentes seguidas em menos de dois anos, Luiz Eugênio Correia ainda se reergue do prejuízo, mas não viu outra forma de levar o negócio adiante
Mudar o endereço da empresa foi a solução encontrada pelo proprietário de uma fábrica de suspensões de veículos off-road, em Taió, para não ter que fechar as portas. Atualmente, Luiz Eugênio Correia ainda paga a conta do prejuízo das seis enchentes que invadiram a sua oficina, que ficava perto do rio, mas nove metros acima do leito. Além do endereço, Luiz Eugenio foi obrigado a mudar o quadro de funcionários e a comprar quase todo o material de trabalho novamente. Tudo isso depois de 20 anos em atividade no mesmo local.
“Tivemos que recomeçar praticamente do zero, mas era isso ou desistir do negócio”, desabafa o empresário.
Como foi a sequência de cheias
Em outubro de 2023, o nível do rio ficou 12,4 metros acima do leito normal da água. Foi uma enchente histórica, que chegou ao segundo piso da empresa e inundou também a casa de Luiz Eugênio, que ficava próxima à oficina, na época. E este era apenas o começo de uma sequência de desastres climáticos que afetariam a vida e os negócios do empresário.
“Tudo que eu tinha ficou debaixo d'água. E a gente voltou a trabalhar. Só que logo mais, uma semana depois, houve mais uma enchente. Lavamos tudo de novo e veio outra enchente. E assim foi… na sexta vez que entrou água na empresa, eu abandonei”,
conta Luiz Eugênio.
Decisão teve um preço
A mudança aconteceu durante a cheia, quando o empreendedor encontrou outro imóvel para a fábrica. O preço foi deixar para trás o ponto que já era conhecido pelos clientes, os equipamentos que não tinha mais recuperação e até mesmo funcionários que estavam com ele há muito tempo.
“Antes trabalhávamos perto de casa, agora estamos a quatro quilômetros. Alguns funcionários não quiseram se mudar, porque antes iam de bicicleta pra empresa e depois teriam que pegar dois quilômetros de rodovia. Até hoje estamos tentando nos endireitar”, explica ele.
Com a empresa situada em uma região mais alta e distante do rio, Luiz segue achando que uma gestão melhor das barragens na região evitaria grande parte dos problemas causados pelas enchentes em Taió. Mas fez o que estava ao alcance dele para amenizar os desastres provocados pelas cheias ao seu empreendimento e a sua vida.
bottom of page